Saudações terráqueos! Passei algumas semanas me questionando sobre o que escreveria para vocês, qual seria de fato o diálogo que teríamos neste artigo. Porém, fiquei matutando com meus próprios pensamentos, tentando compreender o meu monólogo interior e hoje no início da manhã, como de costume gosto de ouvir algum podcast sobre diversos assuntos, adivinha qual era o tema? “Estou vivendo ou apenas me autossabotando?”. Bom, para quem acredita em um universo místico e mágico diria que foi uma resposta dos deuses para o meu bloqueio criativo. Mas, sou a favor de dizer que foi uma pílula de coragem para decidir que era justamente sobre isso que eu iria escrever e aqui estou para mais um bate-papo. 

Aí vocês devem estar se perguntando, o que seria essa autossabotagem? De acordo com o dicionário, significa que o processo de sabotagem que alguém faz a si mesmo, falando especialmente das ações que uma pessoa faz e que acabam por prejudicá-la de alguma forma, essas ações geralmente são inconscientes. Sabe aquele dia que você fala, “hoje não vou praticar meus exercícios físicos, amanhã eu faço e dobro o treino”, “deixa a meditação para mais tarde depois do trabalho”, “só vou dormir mais um pouquinho”, “como alguém como fulano ou fulana pode gostar de alguém como eu?”, são alguns costumes mais comuns que nos fazem sabotar. 

O motivo de não ter preparado nenhum outro artigo ao longo deste mês faz parte do meu processo de autossabotagem, da procrastinação e que, muita das vezes, em sua maioria não querer reconhecer o quanto se permite estar nestas condições. Precisei parar e ouvir de outras pessoas, o quanto eu estava deixando ser levada por uma voz interna que insiste em dizer que não sou capaz de conquistar ou executar o que eu quero.

E, por isso, compartilho com cada um de vocês sobre a importância de olharmos para dentro de nós e caminharmos em busca dos nossos valores, reconhecer o nosso potencial e sermos mais convictos de quem nós somos ou, caso contrário, nos tornaremos mais um indivíduo que só sabe reclamar de tudo quando algo não vai muito bem e não acontece da maneira que esperávamos. 

Parece uma baita baboseira, mas por causa da autossabotagem, ficamos estagnados por estarmos presos a um pensamento pré-estabelecido ou formulado na nossa cabeça. Isso vale para diversas áreas da nossa vida, seja profissional, pessoal, familiar, relacionamento amoroso, como você lida com o seu corpo, enfim são infinitas possibilidades que variam de pessoa para pessoa. Passei um tempo mergulhada nesse mar de emoções confusas e, posso dizer que, o primeiro passo para darmos a volta por cima é reconhecer que estamos nos sabotando e, em um outro momento, dar início àquilo que você quer tanto fazer, como estou fazendo agora, ao escrever esse artigo. 

Agora, te pergunto: por quê sempre queremos justificar nossos erros ou sentimentos equivocados colocando a culpa na pandemia? Ninguém (ou a sua maioria) quer se responsabilizar pelos próprios atos e decisões. Seguimos de maneira contínua transferindo para o outro o peso de quem somos, responsabilizando o outro pela nossa autossabotagem. É preciso ter essa consciência do que somos responsáveis e o que apenas diz sobre o que é do outro. 

Sabotar-se o tempo inteiro é ruim? É péssimo, mas tenha calma e não transforme isso em um efeito colateral, correndo de maneira desenfreada para conseguir dar conta de tudo. Permita-se sentir, ser conduzid@ no seu ritmo e se for necessário, recomece quantas vezes for preciso. Atenção, caso a autossabotagem vem atrapalhando de uma maneira muito brusca a sua rotina, seu desenvolvimento pessoal e bem-estar, procure ajuda de um especialista na área de saúde mental, podendo ser um psicólogo, psicoterapeuta, psicanalista, dentre outros. Esses profissionais têm as ferramentas necessárias para te ajudar nesse processo, assim como qualquer outro assunto relacionado ao nosso emocional.

Como diz o rapper, cantor e compositor brasileiro, Emicida, “levanta e anda”. Somos maior, só nos basta sonhar, seguir! Estamos combinados? Um cheiro e aquele caloroso abraço virtual que não pode faltar. Se cuidem! 

Quem quiser ouvir o podcast que citei no início do texto, estou deixando o nome disponível para vocês. Chama-se Bom dia, Obvius e o episódio é o de número 54 com o tema central “Estou vivendo ou apenas me autossabotando?” com Luanda Vieira. Ah, a indicação não é nenhuma publicidade tá? É que eu gosto muito de podcast’s e amo ouvir o Obvius todas as manhãs. Vale a pena conferir.

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